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Três tartarugas-verdes são devolvidas ao mar em emocionante soltura na Praia do Vargas, em Araruama (RJ)

Três tartarugas-verdes são devolvidas ao mar em emocionante soltura na Praia do Vargas, em Araruama (RJ)

Em ato simbólico e educativo, Instituto BW, estudantes e autoridades locais participaram da soltura de tartarugas-reabilitadas que haviam ingerido lix

Três tartarugas-verdes são devolvidas ao mar em emocionante soltura na Praia do Vargas, em Araruama (RJ)

Na manhã de 2 de outubro de 2025, na Praia do Vargas, em Araruama (bairro Praia Seca), o Instituto BW promoveu a devolução ao oceano de três tartarugas-da-espécie Chelonia mydas, também conhecidas como tartarugas-verdes. A ação, ocorrida às 9h, contou com a presença de alunos da rede municipal e membros da comunidade local. 

Os animais estavam sob cuidados especialistas após terem sido resgatados pela Defesa Civil local, em uma atuação coordenada com a Guarda Ambiental. Durante o período de reabilitação, as tartarugas eliminaram resíduos plásticos e outros detritos ingeridos, o que demandou um tratamento especial antes de retornarem ao habitat natural. 

Contexto da recuperação e reabilitação

Segundo o Instituto BW, as tartarugas foram encontradas enredadas em redes de pesca em operação na orla da Praia do Vargas. Em resposta, a prefeitura acionou a ONG para tomar conta dos animais feridos. 

Durante os cuidados, foi observado que os répteis haviam ingerido detritos plásticos e lixo marinho — um problema recorrente em ecossistemas costeiros. Após terem “expelido” esses resíduos e recuperado a condição de saúde, elas foram preparadas para a soltura. 

O Instituto BW afirma que cada tartaruga foi anilhada conforme os procedimentos do Centro TAMAR / ICMBio, o que permitirá o rastreamento e monitoramento caso sejam recapturadas no futuro.

Projeto de monitoramento e obrigações ambientais

A soltura integra as metas do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Campos e Espírito Santo (PMP-BC/ES), do qual o Instituto BW é uma das entidades executoras no Rio de Janeiro. Esse projeto se vincula diretamente ao licenciamento ambiental federal conduzido pelo IBAMA, que exige estudos e ações concretas de proteção da fauna marinha nas zonas costeiras afetadas. 

Importância educativa e sensibilização pública

Durante o evento, estudantes de escolas locais acompanharam de perto o momento de devolução das tartarugas ao mar. Essa presença visa sensibilizar jovens para os impactos da poluição costeira e fomentar o engajamento ambiental futuro. 

Em declaração à imprensa, a coordenadora veterinária do Instituto BW, Dra. Paula Baldassin, ressaltou que a participação da comunidade é essencial para propagar a consciência sobre a preservação da fauna marinha e os riscos existentes nas praias. 

Orientações para a população em casos de animais marinhos em risco

O Instituto BW alerta que, ao encontrar tartarugas, aves ou mamíferos marinhos debilitados ou mortos, a população **não deve devolvê-los ao mar por conta própria**. A orientação é acionar imediatamente o número 0800 991 4800 e aguardar a chegada da equipe de resgate especializada.

Esse procedimento garante que os animais recebam o tratamento adequado e evita que sofram ainda mais lesões por tentativas mal orientadas de devolução ao habitat. 

Desafios para as tartarugas-marinhas no litoral brasileiro

A Chelonia mydas está entre as espécies de tartarugas marinhas que ocorrem ao longo do litoral brasileiro. Ela enfrenta ameaças significativas, como captura incidental em redes de pesca, poluição plástica, destruição de áreas de desova e degradação dos ecossistemas costeiros.

A ingestão de lixo marinho, sobretudo plásticos, pode causar obstruções, lesões internas e até morte de animais. A prática de reabilitação e soltura de indivíduos resgatados é uma das estratégias de conservação adotadas por entidades autorizadas pelos órgãos ambientais. 

Resultados esperados e monitoramento a longo prazo

Com a anilhagem realizada no momento da soltura, os pesquisadores poderão acompanhar trajetórias futuras dessas tartarugas, caso sejam recapturadas ou estudadas em outros pontos da costa. Isso fornece dados valiosos sobre migração, habitat e sobrevivência das espécies na região. 

Além disso, a iniciativa fortalece a imagem do litoral de Araruama como ator no campo da conservação marinha, com ações práticas e envolvimento da população local.

Repercussão local e engajamento comunitário

Moradores e frequentadores da Praia do Vargas manifestaram apoio à iniciativa. Para muitos, a soltura não é apenas um ato simbólico, mas um compromisso concreto com a recuperação ambiental do litoral. A visibilidade gerada por ações desse tipo costuma estimular voluntariado, apoio institucional e políticas locais de proteção costeira.

O Instituto BW enfatiza que esse tipo de prática pode inspirar outras cidades costeiras a investir em projetos semelhantes, ampliando a rede de reabilitação e soltura no litoral brasileiro.

Como acompanhar e participar

Para aqueles que desejam colaborar, o Instituto BW disponibiliza canais de contato e redes sociais, onde é possível obter informações sobre ações futuras, campanhas de sensibilização e voluntariado. Acompanhe postagens, compartilhe e incentive mais pessoas a se engajar.

Se você gostou deste conteúdo, **compartilhe com amigos e familiares** para ajudar a divulgar a importância da preservação marinha — e deixe seu comentário abaixo com sugestões ou reflexões sobre a iniciativa!

Palavras finais

A soltura das três tartarugas-verdes em Araruama é mais que um ato simbólico: representa um esforço coletivo entre entidades ambientais, instituições públicas e comunidade local em prol da fauna marinha. Em tempos em que a poluição costeira avança, iniciativas como essa renovam a esperança de que educação, ciência e envolvimento social podem reverter danos e proteger nossos oceanos para as próximas gerações.

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